segunda-feira, 26 de abril de 2010

Denuncia


Uma garota morreu. Ela era maior de idade, mas ainda estava naquela faixa em que se consideram mulheres garotas (flor da idade). Morreu de morte morrida e morte matada. Mas quem a matou?
Segundo consta o obituário e a real versão dos fatos (real é porque algum rei deve ter aprovado, só por isso), ela caiu e não conseguiu mais levantar. A culpa foi toda dela, pois foi ela que caiu e foi ela que "decidiu" ficar fraca e não levantar. Se pensarmos por essa ótica, foi um suicidio a longo prazo, premeditado.
Mas é aqui que entra a denúncia: não ela não se matou. Quem a matou fui eu, foi você, fomos nós. E principalmente, quem a matou foi quem a conhecia mais de perto. Foram os pais que exigiam da garota tanto quanto a vida sem a proteção deles exigiria. Foi o irmão, cumplice e propagador da sociedade, sempre incentivando o cultivo da beleza exterior. Foi a irmã, na rivalidade amorosa que essa condição impõe.
Eles e nós a matamos, por aceitarmos impassiveis que ela se fartasse da sua dose diária de insatisfação.
Ela sempre foi muito bonita e por isso dá pena pensar que a matamos. Mais pena ainda teve o círculo mais próximo dela, pois sabiam que a maior beleza dela não se media por balanças ou fita-métricas....

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Comentando o #twitterorkutizou

Meus caros, o negócio é o seguinte: ganha-se o que deixando o twitter um ambiente fechado? Mais um reduto de exclusão? Faça o favor!

Esse discursinho de "orkutização" como forma perjorativa é para mim uma tentativa babaca de se fazer uma elite. "Ah, o Twitter é legal porque funciona ao modo norte-americano/europeu, porque não tem gente xexelenta nele". Ah é? Para as pessoas que dizem isso, sabiam que no Twitter VOCE SÓ LÊ COISAS QUE AS PESSOAS QUE VOCE SEGUE (OU O QUE ELAS RT) ? Ou seja, se um tipo de leitura não faz a tua praia, simples: dê unfollow, ao invés de ficar retuitando.

Num mundo em que o fascismo, racismo e nazismo imperam, o diferente é aceitar o outro do jeito que ele é, independete de raça, classe social e até time de futebol (beijos são paulinos). Isso que eu nem entrei na questão de genero e homofobia

Beijos