quinta-feira, 6 de maio de 2010

@ estrangeir@ em mim.

Há experiencias nessa vida que, por mais que voce fale sobre elas, não conseguirá explicar o que sente para uma pessoa que não passou por isso. Ser mãe/pai, ouvir uma musica incrivel, passar momentos com pessoas espaciais, ver o time ganhar a Libertadores (oi @renatothibes? Explica aí....). Mas das experiencias indescritiveis de se falar como se sente, o intercambio é o que está mais na minha cabeça nesse momento.
Fazer intercambio digo passar um tempo fora do país sabendo que vai voltar, quando lerem nesse texto a palavra intercambio, é sobre isso a que me refiro.
Minha experiência foi assim:

- o antes: O que eu mais queria nessa vida era conhecer alguns lugares da Europa. Pode parecer um sonho bobo, mas sonhos são assim mesmo, não há muita racionalidade mesmo. Passei um bom tempo da minha graduação tentando um intercâmbio e cada "não" era sofrido. O sim veio de um jeito especial, comemorado como final de copa do mundo.
Tudo muito bom, tudo muito bem, até que a retardada da minha amiga Laura colocou um problema nesse sonho: "EU NEM VOU SOFRER TANTO DE SAUDADES ESSES SEIS MESES PORQUE EU SEI QUE VOCE VAI ESTAR FELIZ." Porra Laura, precisava me lembrar que eu ia ficar SEIS MESES de longe de tudo que eu amava?
A Laura digitou o comando "choro" no meu pré-intercambio. É lógico que eu não queria desistir, mas esse banho de realidade tornou um pouco mais dificil os preparativos.

- o durante: Saudades do povo da minha vida brasileira era grande... como era. Mas a perspectiva de conhecer muitas coisas e muitos lugares me destrairam da coisa mais importante: o conhecer pessoas. Se você for fazer intercambio e não conhecer ninguem do país que voce foi mais profundamente (isso não é um eufemismo para sexo, tá?), era melhor nem ter saído de casa. O nome dessa experiencia é turismo e não intercambio. E eu conheci pessoas maravilhosas, me dei ao luxo de fazer um intercambio dentro do intercambio, que foi a oportunidade de conviver com uma pessoa autista (sem duvida, um outro mundo).

- o depois: Voltar para a casa e reencontrar a família Restart... ops.... a família e os amigos é uma delícia. Você tem um mundo de histórias para contar e, quando se dá conta, as pessoas que você conheceu por lá FAZEM PARTE DA SUA VIDA. O sentimento que imperou graças a rainha Laura (uma déspota esclarecida) volta para a sua vida, mas de uma maneira mais assustadora. As saudades das pessoas do Brasil tinha prazo de validade (seis meses) enquanto as saudades do povo de lá tem prazo indeterminado.

Conclusão: O intercambio não vai sanar o seu sentimento de inquietação com a vida... ele só aumenta esse sentimento, mas de uma maneira doce.

Post dedicado ao @Jiquilin , que está voltando para a casa. Aproveite!

Um comentário:

  1. Obrigado pela homenagem.

    Mas eu nao me sinto mto enquadrado nisso aí.
    Sou filho de estrangeiro e minha vida sempre foi zanzar...
    Tenho mto de carpe diem cmg, mas sempre regado com mta saudade: Curto o momento, curto a saudade.

    E sou, alem disso, mto vulneravel a situacao. E se a viagem mudar minha vida?
    E se conhecer alguem que mereca a pena (isso ainda nao aconteceu) e se eu me apaixonar pela terra? E se eu amar ainda mais o Brasil?

    Mto simples doq um ir ali e voltar carregado de experiencia. A viagem sempre muda o rumo de tudo e acaba com todos meus planos.

    A partir de hj, a partir da proxima viagem... nada de planos... vamos seguir seguindo.. dançando conforme a musica e deixando a vida levar...

    bjao..

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